24 de agosto de 2013

Fanfic O Sexy Capitão Cullen por Fran Borges - Capitulo 28


Boa noite marinheiras!
Enfim, chegou o grande dia do nosso casal!
Boa leitura!


Capítulo 28

POV do Capitão

Ao ver o seu semblante naquele momento tive a certeza que havia escolhido certo. Tantos dias parado em frente ao seu prédio, na revista e seguindo-a por onde fosse me deram tempo para pensar. No dia que a vi no porto não tive mais dúvida sobre o local perfeito para o nosso casamento seria no navio onde nossa história começou e partilhamos momentos inesquecíveis.

Capitão Eleazar Denali já nos esperava. Seria ele que celebraria nosso casamento. Nossos familiares também estavam ali contentes e esperando nossa chegada. Porém, consegui prestar pouca atenção em algo mais que não fosse o rosto de Isabella. Acho que tive o efeito que esperava.

– Seja bem vinda a bordo Senhorita Swan. Sou o Capitão Eleazar Denali e com muita honra celebrarei o casamento dos dois.

– Obrigada Capitão.

– Capitão Cullen!

– Capitão Denali!

– Vem aqui e me dá um abraço menino. – Abracei-o. Capitão Denali esteve comigo e com Demetri desde o início de nosso treinamento. Era um homem sábio e que tinha todo nosso respeito. – Não acredito que te conheci com dezoito anos e agora vou celebrar o teu casamento.

– Eu agradeço muito por isso Capitão Denali.

– Quando recebi a visita de Demetri e ele me contou como a história de vocês começou me senti muito feliz por pensar em mim.

– Não poderia ser outro Capitão. Sabe o respeito e admiração que lhe tenho.

– E eu por você garoto. Agora vá recepcionar seus convidados, já passei um bom tempo conversando com seu pai e todos estão ansiosos. – Aproximei-me de Isabella e fomos encontrar nossa família e amigos. Todos estavam felizes e depois de muitos abraços pude voltar a falar com minha noiva.

– E então o que achou do seu casamento? Aprovado? – Ela me olhou sorrindo.

– Confesso que não esperava por isso, porém também não poderia pensar em lugar melhor. Só tenho uma dúvida. Não quis falar perto do Capitão Denali, mas ele pode celebrar nosso casamento? Isso é válido?

– Claro que sim. Você acha que eu me arriscaria a casar com você de outra forma? Quero te prender de todos os jeitos possíveis Isabella. Mas respondendo sua pergunta. O capitão em um navio além de poder de polícia, também tem o poder de realizar matrimônios. Toda a documentação é oficial, nesses casos ele é como um juiz de paz.

– Fico mais aliviada. – Ela riu.

– Não se preocupe. Como já disse você não vai se livrar de mim futura Sra. Cullen.

– Hum! Gosto de como isso soa.

– Não mais do que eu. – Aproximei-me e a beijei. De repente senti uma pequena intervenção, na verdade quatro intervenções.

– Está na hora de se largarem, por favor.

– Alice tem toda razão. Já ficaram dias em alto mar sozinhos. Agora só irão se ver no altar.

– Rose não seja assim tão má. Quanto tempo isso vai levar?

– Oh! Minha filha sempre tão quieta e agora não consegue ficar sem agarrar o futuro marido um minuto! Que orgulho!

– Mãe! – Já estava perdido no meio da conversa delas e rindo do rosto envergonhado de Isabella. Minha sogra era um espécime único. Todos estavam rindo nesse instante.

– Renné! Prefiro continuar sendo preservado de certas coisas.

– Não seja iludido Charlie. – Não percebi que meu sogro e os demais haviam se aproximado.

– Bem de qualquer forma as meninas estão certas. Temos uma programação intensa a seguir, principalmente você Isabella. – Disse minha mãe ainda rindo um pouco. Aproximei-me de Isabella a abraçando.

– Tudo bem. Vou permitir que sequestrem minha noiva. Até porque depois vocês já não poderão fazer mais isso.

– Agora o iludido é você cunhado, pois com Alice e minha mãe ninguém pode.

– Que bom que você sabe Jas!

– Eu apenas obedeço meu amor. – Rimos.

– Jasper está completamente certo. Afinal o que poderia ser melhor do que estar sob o comando dessas quatro lindas mulheres. – Falou meu pai.

– Falou o mentor de Edward Cullen. – Enquanto as mulheres se encantavam com meu pai, Demetri soltava uma das suas. Fuzilei-o com o olhar.

– Está totalmente certo Demetri. Esses dois nos envergonham.

– O que disse Emmett?

– Estava brincando Rose. – Meu irmão tinha muita pose, porém essa mesma caia por terra diante de minha cunhada.

– Muito melhor para você.

– Tudo está perdido de fato. Apenas eu me salvo. São todos domados. Se eu contar a vocês o que fui obrigado a fazer nesses últimos dias. Tudo em nome dos enamorados.

– Você ama apenas meu irmão Demetri nós sabemos.

– Foi amor à primeira vista. O que eu não faço pelo Cullen.

– Você é um perfeito cupido Demetri. – Jane se manifestou. Não havia notado que ela estava ali antes. – Não me deixou nem por um minuto até que teve plena certeza de todos preparativos do casamento. – E algo muito estranho aconteceu, pois pela primeira vez vi Demetri ficar sem graça. A dúvida agora era: ele ficou assim pelo que foi dito ou por Jane. Vou prestar muita atenção. Ele percebeu que notei algo e tratou de desviar o olhar. Definitivamente tem alguma coisa aí.

– Certo quanto tempo será tudo isso?

– Pare de reclamar Bella. Tempo suficiente.

– Oh Deus! Vocês deixaram tudo nas mãos de Alice?

– Que cunhada mais ingrata, mas eu sei que você me adora ainda sim.

– Todos têm defeitos. – Alice apenas revirava os olhos. Isabella virou-se ficando de frente para mim.

– Terei que abandoná-lo Capitão.

– Eu vou cobrar esse tempo na lua de mel. – Ela sorriu e me abraçou falando ao meu ouvido.

– Eu vou adorar pagar.

– Isabella pare de fazer isso sim.

– Foi você quem começou.

– Estamos aqui ainda. – Disse Rose. Sorrimos e nos separamos com um beijo.

– Certo vamos Bella, pois há muito que fazer. – Alice a levou de mim literalmente.

– Não se preocupe meu genro vamos trazê-la linda e inteira para você.

– Disso eu não duvido.

Assim que elas se distanciaram Demetri se aproximou me abraçando. Pelo visto já havia se recuperado.

– Então Cullen, pronto para o enforcamento? – Não pude deixar de rir.

– Completamente pronto.

– Chego à conclusão que o ser humano é infinitamente masoquista.

– Então não será meu padrinho?

– Imagina! Eu adoro tripudiar sobre a desgraça alheia, ainda mais quando colaborei tanto por ela. Que fique claro Cullen! Jamais seria algo que eu aconselharia, porém já que meu amigo insiste, eu lhe ajudo com a corda. – Todos riram.

– Não liguem para Demetri. Ele ainda não sabe os benefícios de se estar apaixonado.

– Tem toda razão Carlisle. Conheço apenas os malefícios graças à convivência com vocês.

– Eu também pensava como você Demetri.

– Então apareceu Rosalie não é meu irmão?

– Sim. Quem é que pode com ela? Eu jamais.

– Bem, no meu caso nem tive tempo para pensar. Assim que Alice apareceu virou toda minha vida pelos ares. Costumo defini-la como um furacão encantador.

– Bem, creio que Charlie e eu podemos dar um relatório mais avançado do que vocês.

– Sim Carlisle.

– Eu posso dizer com conhecimento de causa que nesses trinta anos de casamento com Esme jamais me arrependi. Já contei a história aos dois de quando vi sua mãe pela primeira vez em uma confeitaria e que depois disso jamais a esqueci. Para minha grande sorte dias depois a encontrei na faculdade e tudo começou. Creio que por isso dizem que Edward e eu somos muito parecidos, pois sei que quando ele viu Isabella foi o mesmo e apesar de Emmett insistir em negar, não foi diferente com ele.

– Comigo tão pouco Carlisle. Se bem que no meu caso, quando conheci Renné foi algo parecido com Jasper. Ela simplesmente se colocou na minha frente e se apresentou. Desde então jamais me vi sozinho. Não sei como Edward fez, pois tenho certeza que minha Bells jamais faria isso. – Nesse momento creio que fiquei constrangido por lembrar como começou tudo entre mim e Isabella.

– Bem, digamos que foi mútuo. – Foi impossível disfarçar e todos perceberam rindo em seguida, claro.

– Pai, tem certas coisas que é melhor não saber.

– Concordo com você Jasper. Essa história é imprópria para sogros e menores.

– Cale-se Demetri.

– Estou me sentindo excluído aqui Edward, sou o único sem histórias românticas para contar. Preciso me divertir.

E as próximas horas seguiram assim. Falando sobre nossas mulheres com interrupções inconvenientes vindas de meu rejeitado amigo e mais momentos de total constrangimento diante de Charlie, que por muitas vezes me lançava olhares nada simpáticos. Acho que o instinto de proteção com a filha sempre falava mais alto, ainda que ele soubesse que eu não faria mal a ela.

Em uma coisa teria que concordar com Demetri. Nossa história era imprópria para sogros e menores. Teríamos que contar a versão editada dos fatos, principalmente com nossos filhos. Acho que poderíamos contar a verdadeira quando eles tivessem entre dezessete e dezoito anos.

Estávamos sentados no convés e o dia parecia colaborar. Fazia um belo sol para um casamento realizado ao ar livre dentro de um navio. O casamento seria nesse mesmo convés, na proa. Eu já podia ver toda a movimentação. O tapete branco, as cadeiras postas lado a lado, as flores também brancas e o altar improvisado. A mesa do jantar também já estava posta e ao lado uma pequena pista de dança. A cerimônia seria ao entardecer.

Aproximei-me da balaustrada e me curvei admirando o mar. Todo o horizonte a minha frente parecia me dizer “siga por aqui e tudo vai acabar bem”. As previsões eram as melhores. Mar aberto, tranquilo, obviamente com algumas tempestades perfeitamente criadas por meu Marujo. Creio que estas de diversas maneiras. Seja da forma que for ela me teria ali ancorado.

Foi inevitável que naquele momento sua imagem de vestido vermelho em meio à multidão surgisse. Quando a vi pela primeira vez. Seu lindo rosto ainda à distância, seu sorriso e eu paralisado dentro daquela boate olhando para ela. Quem poderia imaginar que minha covardia seria recompensada. Talvez o destino compadecido a trouxe até mim e me disse de uma forma muda: é sua oportunidade. Eu agradecido não permiti que ela escapasse.

Olhando ao redor, o navio onde construímos naqueles inesquecíveis quinze dias o que temos hoje. Houve momentos em que sofri, sim houve. Mas cada um deles valeu a pena. Terminar esse ciclo com um casamento é clichê eu sei, pois nada me dá garantias que tudo dará certo. A única certeza que tenho é o amor que sinto por essa mulher e este me fará chegar a qualquer lugar para que sejamos felizes. Amá-la, respeitá-la e estar sempre com ela, pois sei que os momentos difíceis virão.

Contudo, sou um homem do mar e com ele aprendi uma grande lição: a persistência. Por ela segui firme com Isabella sem jamais perder a esperança de que estaríamos hoje aqui. Estava acostumado com mares revoltos e minha Isabella era assim como o mar. Misterioso, imenso e por vezes turbulento. Mas ainda sim navegar sempre seria preciso.

– Edward! – Estava tão perdido em meus pensamentos que não percebi a aproximação de Charlie. – Está aí sozinho. Já com medo do casamento?

– De maneira alguma. Acho que ansioso é a palavra.

– Imaginei que sim. Você me deu um susto daqueles. Quando Jasper apareceu me dizendo que Isabella havia sido sequestrada ele teve que correr e me barrar no portão de casa, pois já estava dentro da viatura pronto para assassinar quem quer que fosse.

– Que bom que ele te alcançou.

– Sim. Depois disso precisei aguentar os risos de Renné. Então ele me contou que o sequestrador era você.

– E o que o fez ficar mais calmo?

– O que vou dizer acredito que você só irá entender mais tarde. Amo meus filhos, mas quando Isabella nasceu desde que abriu aqueles dois olhos castanhos, assim como os meus, uma conexão surgiu. E sempre foi assim, através de nossos olhares sempre estivemos ligados. Jamais precisamos de muitas palavras. Minha filha pode pensar que alguma vez conseguiu esconder algo de mim, mas não. Acompanhei cada sofrimento e alegria sua. Essa menina é meu orgulho Edward. Ela pensa não ser forte o suficiente, mas é. Sempre que preciso ela está ali de pé. Pronta para fazer o que for por aqueles que ama. Por isso ninguém jamais será bom o bastante para minha Bells. No entanto, com minha experiência policial, aprendi a conhecer as pessoas apenas de olhar em seus olhos. Sei reconhecer um homem honesto e um cafajeste de longe. E quando coloquei meus olhos em você soube que era o primeiro. Porém, você me convenceu de verdade quando o vi na porta de minha casa observando Bells de longe apenas por estar perto dela. Nesse dia reconheci um homem que ama verdadeiramente. – Estava sem palavras. Charlie era aquele tipo de pessoa sem muitas palavras, porém quando falava tinha o poder de deixar o outro mudo.

– Então seja bem vindo a família. – Ele aproximou-se e nos abraçamos. – Agora vou me aprontar.

– Eu também. – Já estava se afastando quando se virou novamente.

– E Cullen jamais se esqueça de que sempre terei minha coleção de armas.

– E diversas maneiras de caçar alguém.

– Que bom que se recorda. – Sorriu e se foi. Segui também para o meu quarto onde meu traje de gala já estava preparado e daqui a poucas horas seria um homem de respeito enforcado, como diria Demetri.

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Em frente ao espelho, de banho tomado e devidamente vestido. Faltava apenas o quepe. Sobre a cômoda a caixa vermelha que guardava as alianças, estas havia comprado dias antes de nossa viagem. Na joalheria ficaram surpresos com o que pedi para gravar em cada uma delas. Sorri com a lembrança e antecipando a reação de Isabella segui para o convés.

Já estavam todos lá, menos Charlie, Renné e Alice. Fui recebido por Demetri.

– Em traje de gala para o devido ato final. Perfeito.

– Um dia você terá concerto meu caro amigo.

– Quem sabe. Espero que não.

– Não pense que não notei a tensão.

– Do que está falando? – Tentou disfarçar olhando para os lados, mas eu o conhecia muito bem.

– O que aconteceu entre você e a Jane?

– Está tentando atenuar os nervos Capitão?

– De certa forma, agora não fuja do assunto. Já percebi a troca de olhares.

– Tudo bem. Admito que fiquei impressionado, mas a garota é difícil. Tem um gênio terrível.

– Agora entendi por que você acompanhou meus preparativos de casamento bem de perto.

– Não seja ingrato Cullen. Eu faria de qualquer forma, óbvio que a loira em questão me incentivou um pouco mais. Mais ela é linha dura, consegui arrancar um beijo rápido e por que foi roubado. – Eu já gargalhava. Só mesmo Demetri para me distrair em uma hora dessas.

– Então seu inacreditável poder de conquista falhou?

– Não de todo. Ela me deu dez dias para convencê-la a sair comigo e depois do que falei na frente dela acho que vou ter que me esforçar mais durante sua festa de casamento.

– E por que todo esse esforço? Que eu saiba você não se dá tanto trabalho assim.

– Eu sou humano Cullen. Também posso gostar de desafios. Além do mais, Jane é maravilhosa. Quando o material vale a pena posso me esforçar um pouco.

Cínico, sarcástico, cafajeste, mas jamais conseguiu me enganar. E ali existia algo e disso eu estava seguro. Lembro muito bem de quantas vezes ele se afastou por odiar lidar com “jogos femininos”, como ele dizia, e agora estava disposto a encarar um. Isso ainda iria render e quero ver de camarote.

– E se ela te ouve falar assim mais esforço ainda.

– Você não vai me entregar, afinal sou seu anjo casamenteiro de plantão.

– Não, mas por que sei que Jane sabe se defender muito bem. - Nisso minha mãe apareceu seguida por Renné, Alice, Rose e Jane.

– Que elegância meu filho!

– Está divino meu genro!

– Obrigada as duas.

– Conseguiu mantê-lo calmo Demetri?

– Acho que cumpri com meu papel Esme.

– Onde está Isabella?

– Não vai demorar Edward. Tio Charlie já está com ela. Você vai ficar maravilhado.

– Isso eu garanto Rose, a maquiagem é obra minha.

– Alice tem razão. Bella está linda Edward.

– Ela é linda Jane.

– Esse meu irmão me mata de vergonha.

– Eu sou mesmo um futuro marido galanteador Emmett.

– Vocês dois parem de implicância e vamos aos seus lugares, pois a noiva não vai demorar.

Segui para o altar onde Capitão Denali já nos esperava. Cumprimentei-o feliz. Aquele era o momento perfeito. Nosso navio, nossa família e como testemunha um belíssimo entardecer. Podia se ver o pôr do sol em suas perfeitas cores. Mas nada seria mais perfeito do que a visão que tive a seguir. Ao som de uma melodia suave Isabella vinha até mim de braço dado com Charlie.

E como sempre acontecia cada vez que a via nada mais tinha importância ou relevância. Meus olhos enxergavam apenas ela. Linda. Era um adjetivo medíocre para descrevê-la. Estava divina. Era a perfeita Deusa Grega, minha Deusa. O vestido branco de um ombro só em estilo grego com detalhes em prata. Em seu cabelo uma trança que caia sobre seu ombro e sua maquiagem era leve ressaltando ainda mais a beleza de seus olhos castanhos.

Nossos olhares trancaram-se um no outro enquanto ela sorria para mim e eu lhe sorria de volta. Estávamos visivelmente emocionados, ainda que por um instante pude vislumbrar aquele olhar lascivo ao me ver de uniforme. Quanto mais ela se aproximava, mais eu sentia meu coração saltar dentro do peito.

Charlie estendeu a mão me entregando sua filha, não disse nada e agora entendia que seu olhar falava tudo. Aproximei-me de seu ouvido para então lhe sussurrar.

– Minha Deusa Grega. – Nesse momento seus olhos sorriam para mim.

A cerimônia foi simples, mas muito bonita. Trocamos alianças e finalmente pude beijar minha linda esposa. Beijamo-nos sob os aplausos, suspiros e lágrimas de nossos familiares e amigos. Quando olhei novamente em seus olhos nada mais precisava ser dito. Nossa verdade estava ali, nosso amor estava ali.

Ainda se podiam ver os últimos raios de sol e também nosso futuro.

POV Isabella

Teria que rever todos os meus conceitos. Jamais havia parado para pensar no mar, não de uma forma relevante. Via nele apenas uma paisagem, nem ao menos tomava tempo para ir à praia ou parar para contemplá-lo. Como tudo pode mudar assim tão rápido?

Nesse exato momento o fitava sentindo sua imensidão, seu mistério e por que não dizer sua generosidade. Ele me trouxe aquilo por que esperei durante anos de minha vida. A felicidade. Teria que agradecê-lo sempre, ainda mais, por que essa felicidade veio na forma de um belo Capitão vestido em seu uniforme branco e seu quepe.

Quando saí ao convés do veleiro e me deparei com a grandiosidade daquele navio parado a nossa frente compreendi que tudo voltava ao ponto de partida e que nada poderia ser mais perfeito do que realizar nosso casamento ali. Edward me surpreendeu, mais do que isso, me emocionou.

Assim que desembarquei e vi os olhos comovidos do Chefe Swan, comoção essa que somente eu poderia perceber. Entendi o quanto tudo aquilo era real. Como dizem, a ficha caiu e eu consegui enxergar com nitidez. Nossa família, nossos amigos e toda aquela atmosfera onde nossa história havia iniciado.

Por um minuto pude ficar ali calada e contemplativa. Admirando cada gesto, cada sorriso daqueles que amava. O olhar contido e amoroso de meu irmão. A alegria sempre extrema de Alice. A dedicação carinhosa de Rose. O infantil e extrovertido Emmett. A impulsividade incontida de minha mãe. A satisfação e harmonia de Carlisle e Esme. A personalidade muito particular de Jane. A leveza e amizade de Demetri. O carinho e compreensão de meu pai. E por fim o amor intenso de Edward.

Olhando tudo ao redor foi muito fácil constatar a sorte que tinha. Rodeada por essas pessoas que de diferentes maneiras me atingiram e ajudaram a chegar onde agora estou. Cada um deles com suas diferentes qualidades deixou sua marca em mim. Obviamente a maior marca foi deixada por ele, o homem que virou meu mundo e me fez enxergar o que eu realmente era. Fez-me ver onde eu poderia chegar. Que podia ser feliz e merecia ser feliz.

Muito cedo fui arrancada de perto dele e quando digo arrancada não exagero na expressão. Fui carregada por todas para o que se dizia “dia da noiva” ou no meu caso tarde da noiva. Fomos para o salão que tinha no navio. Tudo já estava organizado para nos receber. O que se traduzia em: cabeleireiros, manicures e seus respectivos utensílios. E em como todo bom salão rodeado por mulheres a conversa ou fofoca corria solta.

– Tenho que dizer Bella. Edward é muito romântico. Sequestro em alto mar a bordo de um veleiro.

– Jane tem toda razão. Quando Demetri chegou à revista nos contando e já distribuindo tarefas do casamento ficamos todas surpreendidas. E por falar nesse sequestro, foi tão interessante quanto o tempo que passaram no navio?

– Alice minha mãe está aqui!

– Não seja tola Bella. Como estou orgulhosa de minha filhinha. Na cabine de comando? Quem poderia imaginar. Muitas vezes pensei que você não tinha herdado nada de mim.

– Alice você contou para ela?

– Sua mãe adora essas histórias e eu achei por bem ela se orgulhar da filha.

– Oh Deus!

– Não exagera Bella. Todas nós estamos felizes por você. E vamos ser francas, sobre essa ideia do meu cunhado também. Há quanto tempo não viajava em um navio.

– Isso é verdade. Aliás, Bellinha, consegui fazer alguns testes por aqui.

– Eu sei que vou me arrepender disso. Que testes Alice?

– Dentro do bote é muito afrodisíaco. Uma pena não ter acesso à cabine de comando.

– Pobre do meu irmão.

– Você não conhece o outro lado do Jasper.

– Nem preciso. Conheço você. – Todas riram.

– Tenho que confessar que toda história de vocês criou uma atmosfera nesse navio. Eu e Emmett também nos divertimos muito, porém o bote não foi possível. Vocês já viram o tamanho de Emmett?

– Vocês vão terminar com minha vida em família antes que ela comece. Ainda bem que Esme não está aqui. Se ela ouve tudo isso já vou iniciar minha vida de casada sendo odiada pela sogra.

– Imagina minha querida. – Para minha total vergonha ela estava ali e eu nem havia percebido sua chegada. – Eu conheço muito bem os homens Cullen. E Edward é muito parecido com Carlisle, sei do que ele pode ser capaz.

– Ainda sim é muito difícil não me sentir envergonhada.

– Não fique. Ver como faz bem ao meu filho é o seu melhor cartão de visitas comigo. Vê-los felizes, creio que para todas nós, é o que importa.

– Obrigada.

Nesse clima alegre e descontraído fiquei sentada naquela cadeira como um robô. Havia pessoas em minhas mãos, meus pés e cabelo. Horas depois estava com uma linda trança e Alice terminando minha maquiagem.

– E agora a parte mais importante. O vestido.

– Estou até com medo. O que você fez Alice?

– Não me culpe, pois não tenho nada a ver com isso. Foi sua mãe que o escolheu.

– Não sei se isso me acalma ou deixa ainda mais nervosa. – Risos se ouviam de todos pelo meu comentário.

– Como você injusta com sua mãe. Tudo bem. Terá que me pedir desculpas em seguida. – Renné entrou por uma porta que havia dentro do salão saindo em seguida com um grande pacote de cor bege em sua mão. Imagino que dentro dele estava o vestido.

– Sabendo que vocês dois viveram lindos momentos na Grécia e sendo eu uma professora de história sabia perfeitamente o vestido que escolher para você filha. – Ela abriu o zíper e deixou o vestido aparecer. Tenho que confessar que fiquei encantada. Era um vestido em estilo grego de um ombro só e seu caimento era perfeito.

Depois de vestida me coloquei em frente ao espelho e fiquei em dúvida com a imagem que vi ali refletida. Era uma linda mulher que parecia mesmo como uma daquelas estátuas gregas que se via. Demorei alguns minutos para perceber que aquele reflexo era o meu. Voltei-me para Renné já com olhos marejados.

– Nada de choro. Apenas depois das fotos. – Sorri e apenas a abracei.

****************

Nesse momento estava na cabine de comando esperando por meu pai. Admirava todo o mar a minha frente e a proa toda decorada para nosso casamento. As flores eram as mesmas do meu buquê. Açucenas. As cadeiras brancas ao redor do tapete também branco. A mesa de jantar ao lado decorada e a pequena pista de dança com a mesa de som ao lado. O toque final era o sol que iniciava sua despedida. Tudo tão simples e encantador.

– Está tudo perfeito realmente, mas não mais do que você Bells. – Charlie acabava de entrar e juro que por um momento vislumbrei uma lágrima cair ali. Foi tudo tão rápido que não posso dizer com precisão, mas acho que vi.

– Isso seria emoção Chefe Swan?

– Você sabe melhor do que ninguém essa resposta.

E eu sabia. Entre nós jamais eram necessárias às palavras. Nossos olhares se falavam e compreendiam. Meu pai se aproximou tomando minha mão.

– Vamos.

– Sim. – Encaminhamo-nos à porta, mas ante de sair o chamei. – Pai. Eu te amo.

– E eu amo você Bells.

– Bom esclarecermos isso. – Sorrimos e seguimos em direção ao convés.

Uma música suave invadiu o ambiente enquanto meu pai me conduzia. Quando chegamos a frente do tapete branco puder avistar todos aqueles que amava. Suas expressões me diziam o quanto estavam felizes por nós. Então meu olhar seguiu em sua direção. A primeira coisa que pensei: “Um sexy noivo Capitão”. Esse homem era um perigo. Até mesmo no momento de meu casamento ele me fazia ter pensamentos impuros e sem vergonhas.

Afastei aquilo da mente. Seria vergonhoso chegar ao altar excitada com a imagem do Meu Capitão. Então me concentrei em seus olhos, o que não ajudava muito, mas melhorou minha situação ao perceber sua emoção e quase devoção. Charlie me entregou a ele que disse ao meu ouvido que era sua deusa grega. Apenas suspirei sem poder emitir algum som. Acho que a emoção daquele momento havia me tomado por fim.

A cerimônia foi belíssima. Em seguida fomos abraçados por todos e aquele sentimento de alegria nos invadiu.

O sol já havia se posto e nos encontrávamos na pista de dança. Quando a música se iniciou foi impossível não lembra, pois foi com ela que ouvi a voz de Edward pela primeira vez. Era Be My Somebody de Norah Jones.

Be My Somebody

I'm too foggy today, (Estou muito confusa hoje,)

To know what you're sayin', (para saber o que você está dizendo)

Your lips are moving so fast, (Nossos lábios estão se movendo depressa)

And i just keep praying, (e eu apenas continuo rezando)

For them to slow down, (para que eles desacelerem)

So i can make some sense, (para que eu possa ter um pouco de sensatez)

Of the words that are pouring out, (quanto às palavras que estão sendo despejadas)

Of your crooked spout. (da sua torneira cruzada.)

Last night was a record to be broken, (A noite passada foi um recorde a ser quebrado)

It broke all over the kitchen floor, (Quebrado no chão da cozinha)

Oh no don't you go, (Ah não, não vá embora)

I'm coming back with a rag, (Eu estou voltando com um pedaço de pano)

To wipe away the haze from the days, (para enxugar toda a neblina dos dias,)

We've forgotten all about. (dos quais nós esquecemos.)

So be my somebody tonight, (Portanto seja meu alguém hoje à noite,)

Be the one who'll hold me tight, (Seja aquele que irá me apertar bem forte,)

Honey, please, please, (Querido, por favor, por favor)

Cuz i've been so all alone, (Porque eu fiquei tão sozinha)

And no one will pick up the phone, (E ninguém atenderá o telefone,)

So honey, please stay. (Portanto querido, por favor fique.)

I held your head up, do you remember? (Eu segurei sua cabeça, se lembra?)

When you wanted to make a blanket outta me, (quando você quis me fazer de cobertor)

Oh i can't lie ... i been keeping score, (Ah não consigo mentir... eu estive contando os pontos)

And it's your turn to wring me out, (e agora é a sua vez de me torcer)

And lay me down to dry. (e me deixar deitada para secar.)

So be my somebody tonight, (Portanto seja meu alguém hoje à noite,)

Be the one who'll hold me tight, (Seja aquele que irá me apertar bem forte,)

Honey, please, please, (Querido, por favor, por favor)

Cuz i've been so all alone, (Porque eu fiquei tão sozinha)

And no one will pick up the phone, (E ninguém atenderá o telefone,)

So honey, please stay, (Portanto querido, por favor fique.)

Honey, please stay, (Querido, por favor fique.)

Honey, please stay. (Querido, por favor fique.)

– Você lembrou?

– Ouvindo essa música foi que te vi naquele salão.

– Lembro-me de que naquele momento sua voz e seu perfume estavam em minha mente, mesmo que ainda não tivesse te visto. Pensava junto ao refrão que queria o meu alguém aquela noite.

– Você tem agora.

– Sim e tive também naquele momento.

– E como se sente agora senhora Cullen?

– O que posso dizer? Esplendida. Acho que pode me chamar assim também, além de Marujo. – Ele deu aquela sua gargalhada gostosa capaz de estremecer todo meu corpo.

– Posso te chamar do que quiser. Contudo, preciso deixar claro que minha esposa é uma tarada insaciável. Pensa que não percebi seu olhar a caminho do altar.

– Oh! Pensei que havia conseguido disfarçar.

– Não para mim. E caso não tenha percebido em meu olhar, o que acho impossível, está divina meu amor. Uma verdadeira Deusa Grega.

– Você sabe que me mata com cada palavra não sabe?

– Faço uma ideia. Gostou das alianças?

– São lindas.

– Pedi em ouro branco e a sua com duas pequenas pedras distintas.

– O que significam?

– A safira, como no anel, significa o mar e o diamante a durabilidade do meu amor por você.

– Edward ainda não quero chorar.

– Também pedi que fizessem uma gravação especial nelas. – Tirei a minha na mesma hora.

– Seu Capitão e a data de início da nossa viagem. E o que está escrito na sua?

– Seu Marujo. – Sorri feliz sem acredita no quanto Edward sempre prestava atenção aos mínimos detalhes. - Achei que não teria algo melhor.

– Está completamente certo.

Continuamos ali presos em nosso momento. Aquela música rememorando cada segundo que havíamos passado naquele mesmo navio. Por um momento olhei em volta e todos já estavam na pista conosco. Até mesmo Demetri que dançava com Jane. Tantas coisas haviam passado em minha vida, mas tudo agora fazia diferença. Não importa o houve até aqui, bons e maus momentos me fizeram crescer, ser mais forte. Acima de tudo abriram caminho para que eu tivesse um verdadeiro olhar sobre mim me levando ao que realmente queria em minha vida.

Já havíamos jantado e agora na pista se mesclavam vários ritmos. Era noite as luzes iluminavam o navio. Estávamos indo rumo a Atenas, Edward havia me confessado. Passar minha lua de mel no local que havia me dado tantos momentos especiais seria maravilhoso. Por um instante, no entanto, algo me chamou atenção.

– O que está acontecendo ali Edward?

– Ela o desafiou a convencê-la a sair com ele em dez dias.

– Demetri está perdido, pois no décimo dia ela vai sair com ele.

– Você acha?

– Com toda certeza e digo mais. Em mais alguns dias ele não fará outra coisa além de convencê-la a repetir a dose e em menos de dois meses se prepare para ver seu amigo irrecuperável namorando e muito feliz com isso.

– Será que vou estar vivo para ver isso?

– Aposto o que você quiser. Jane não é fácil. Sabe que começo mesmo a acreditar que existem pares perfeitos, pois não consigo pensar em ninguém melhor do que Jane para dar um jeito em Demetri.

– Óbvio que você tem que acreditar em pares perfeitos. Eu sou o seu.

– Jamais duvidaria disso. Falando em pares perfeitos, algo me vem à mente.

– Conheço esse olhar Isabella. O que pretende?

– O que Meu Capitão acharia de fazermos uma saída estratégica?

– Fugir você quer dizer.

– Sim. Todos estão distraídos e creio que estão mesmo esperando que façamos isso.

– Vamos para o quarto.

– Não. Vem comigo. – Peguei sua mão e seguimos. Eu sabia exatamente para onde o levaria. Dessa vez não chegaria até lá por estar perdida, pois agora sabia exatamente o caminho.

– Acho que sei para onde está me levando Senhora Cullen.

– Acho melhor deixar para me chamar assim quando chegarmos lá ou serei obrigada a agarrá-lo antes.

Chegamos em frente àquela porta que um dia eu abri por puro acaso. Entramos e eu a tranquei.

– Aqui foi onde tudo começou. Está em sua casa Meu Capitão e esse é o momento de fazer confissões se as tiver. – Seu olhar parecia distante, como se fosse remetido a alguma cena.

– Confesso que quando a vi entrar aqui estava muito nervoso. Não sabia o que faria ou diria. Por alguns instantes cheguei a cogitar que era uma ilusão.

– De verdade? Você sempre me pareceu tão confiante.

– Eu sei disfarçar bem. Além do mais, consegui perceber o que me dizia suas expressões.

– E o que elas falavam?

– Diziam que era para eu me aproximar e o fiz. Sabe o que é engraçado. Estávamos conversando logo depois que vocês saíram, conversa entre homens e chegaram à conclusão que nossa história seria imprópria para menores e sogros.

– Decididamente o que aconteceu aqui eu jamais contaria ao Chefe Swan e acredito que nossos filhos irão precisar alcançar certa idade para que possamos contar.

– Foi exatamente isso que pensei. Nossos momentos nesse navio dariam uma excelente história a ser contada não acha?

– Sim. Provavelmente inspiraria muitos casais.

– Se bem que eu não iria autorizar.

– Por que não?

– Sou ciumento demais para isso. Gosto de saber que somente eu sei do que você é capaz. E você o que tem a confessar?

– Confesso que quando entrei aqui naquela noite o primeiro que pensei foi que estava diante da visão mais sexy que já havia visto. Minutos depois descobri que se tratava do Sexy Capitão Cullen. – Edward sorriu. – Depois disso confesso que tudo que queria era não perder a chance de estar com você. A primeira vez foi algo intenso e selvagem. Eu tive o meu primeiro orgasmo como sabe, foi indescritível. Estava surpresa, atônita e feliz. Contudo, até então eu achava que não passaria disso, pois queria me convencer que poderia viver uma aventura e não me criar uma ilusão. Então tivemos a segunda e você foi tão carinhoso e atento que eu já não sabia mais o que fazer. Eu chorei você lembra? – Ele apenas assentiu. – Aquilo foi como se você me dissesse que poderíamos ter tudo.

– E você me entendeu Isabella.

– Não em minha cabeça teimosa, mas aos poucos compreendi.

– Seu coração entendeu e quando eu descobri isso soube que sempre seria uma questão de tempo.

– É engraçado isso. Às vezes me assusta que já me conheça tão bem.

– Apenas presto muita atenção em você, mas fique tranquila, pois quase sempre acaba por me surpreender.

– Você também Meu Capitão. Mas para falar a verdade o que mais me surpreende é que cada vez que o vejo vestido com esse uniforme sempre quero te despir. – Edward gargalhou.

– E a mim o que mais surpreende é que você não tem mais jeito Isabella. – Ele falou isso se aproximando de mim. Agarrou-me pela cintura colando seu corpo ao meu. – Pronta para mais um treinamento Marujo?

– Sim Meu Capitão.

– Fico satisfeito. Sabe que Seu Capitão não admite insubordinação.

– Estarei sempre pronta para dominar o mastro Meu Capitão.

– E eu a te dar treinamentos intensivos Isabella. Eu te amo Marujo.

– Eu sei.

Eu sabia e ele também. Sorrimos e ele me beijou. Minhas mãos já estavam em seus cabelos, minhas pernas em volta de sua cintura e seu corpo pressionando o meu contra o timão. Não poderia pedir mais nada, afinal eu sempre teria um navio, um mastro e o meu Sexy Capitão Cullen.

Capitulo PERFEITO *-* Infelizmente a nossa história está chegando ao fim, sábado que vem tem o epílogo pra vocês!

1 Comentários:

Val RIBEIRO disse...

esse capitão sempre tão perfeito e romantico queria ser seu marujo...rsrsrs vou sentir saudades

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